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Este domingo fui convidado, pela terceira vez, para fazer leitura da Bíblia na missa do Santuário Santa Terezinha, em Taboão da Serra, às 15h, na chamada missa de Cura e Libertação, a mais lotada daquela igreja. Irei comentar, mas agora brevemente, como isso se deu. Para quem já leu meus relatos anteriores, este é apenas uma evolução e uma explicação um pouco mais sentida do que vem acontecendo comigo. Isso porque o ineditismo da situação já foi embora, e porque percebo que amadureço em minha fé o suficiente, de forma a poder me abandonar melhor à sensação de estar e participar daquele tipo de cerimônia.


A Helena, esposa do diácono Otávio, convidou-me a ler a primeira parte da Leitura pela manhã. Mas, pela primeira vez, não fez isso meio sem jeito. O Igor, catequista, já havia pedido o meu telefone (ela queria me usar no sábado), e a esposa dele simplesmente me pediu, antes da catequese. Eu tinha um compromisso - um churrasco - ali perto, então os horários batiam, e eu não precisava ir até em casa para me aprontar. Por outro lado, eu já sabia como tudo aquilo acontecia, não era inédito, então me sentia mais à vontade. Já sabia que podia entrar no interior das salas, que podia simplesmente me vestir e me sentir à vontade. Não irei comentar mais extensamente como tudo aconteceu. Irei apenas comentar como me senti.
 

Desta vez, senti a mim mesmo mais à vontade naquela multidão. Tanto que me sentei no meio da igreja, esperando pela hora certa, tanto que pensei mais suavemente sobre a cerimônia, tanto que na leitura tudo aconteceu mais simplesmente, tanto que na hora da homilia ouvi com mais força da vontade, e tanto que me abandonei mais facilmente à emoção de tudo aquilo. Deixei meio que por milagre minha tendência a criticar, para ver em mim mesmo o fundamento da cerimônia, da fé e de tudo o que acontecia comigo. Não me restringi de forma alguma, nas demonstrações, e cheguei a me emocionar de forma inédita até então, como se estivesse realmente falando com Deus, ali, naquele momento.

 

Fiquei ajoelhado por vários minutos, e não me senti mal em minha religiosidade, mesmo sabendo que estava cumprindi um papel. Me senti bem mais próximo das pessoas, e consegui perceber claramente a religiosidade delas, assim como a sinceridade em diversas demonstrações de fé e amor. Foi bastante emocionante, mas de forma inédita, porque eu não chorei nem me emocionei propriamente dizendo; a emoção era mais profunda, mais clara em mim, menos passível de crítica, e tinha muito a ver realmente com as situações por que venho passando.

 

Comecei a me comunicar mais fielmente com Deus. Foi interessante perceber isso, porque em diversos momentos esqueci de mim mesmo e simplesmente me deixei levar por uma emoção que eu não controlava. Foi profundo, como antes não acontecia. Foi realmente uma missa vivida, de forma intensa, por dentro, cumprindo um papel, além disso. Eu senti inclusive que quando falava o trecho da Bíblia eu falava com mais detimento e mais convicção, assim como com menos vontade de causar impressão ou de não dar uma má impressão.

 

Nada disso me aporrinhou, na hora. E não senti o tempo passar, realmente. Não senti a cerimônia durando mais de duas horas e meia, que foi quanto durou. No final, fui à lanchonete e fiquei só, mas também não fiquei isolado, como se precisasse disso para me acalmar. Tudo foi muito calmo e diferente. Foi bastante interessante. Considero que foi inovador, em meu afã de me aproximar mais de Deus e de mim mesmo. 

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