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06/10/16


Hoje aconteceram diversos pequenos "fatos" que me marcaram pela sua expressividade em minha vida. Foram fatos pequenos mesmo, mas que de tão marcantes parecem ter acontecido há alguns dias, ou mesmo semanas.


Acordei tarde, bastante tarde, numa quinta-feira, e achei que seria bom tentar falar com minha mãe. Não tomei banho, apenas troquei a roupa colorida, e desci rumo ao banco. Lá, eu verifiquei - após refletir brevemente - que eu teria na conta também aqueles 40 reais que são transferidos automaticamente à poupança, e portanto solucionei aquele enigma que me prendia a achar que ao ter encontrado dinheiro na poupança isso teria correspondido a um pequeno milagre. Percebi isso claramente, mas foi sumamente interessante perceber que minha fé não diminuiu, sequer foi atingida pela breve revelação. Pois eu percebi na hora que minha fé está mesmo em outro lugar, agora, num lugar melhor colocado em minha sensibilidade, em meu espírito, em minha alma. Foi quando tentei falar com ela, sem conseguir, e falei com a Pri, brevemente.
 

Saí do banco com o dinheiro e fui ao Santuário. Estava no final de uma missa, e dela participei, também comungando. Cheguei a pensar se o fazia mesmo, porque não sabia se estava preparado, mas olhei para dentro de mim e aceitei o sacramento. Pois eu sinto, me sinto, puro comigo e com meus problemas, meus desafios, e meus sintomas de crescimento. Tanto que olhei o livro que eu tanto prezo, toda vez, e reparei que aquilo que ali está escrito eu mesmo posso conseguir vislumbrar, se ler os Evangelhos com a atenção que me é devida. E foi assim que, em meio a uma reflexão vivida, resolvi não comprar aquele livro, até porque assumo que estou com muitas dificuldades para decidir, e agora ler os Evangelhos com a atenção que posso realmente lhes dar, auferindo o máximo deles. Foi quando ao sair da livraria subi a escada e vi que o óleo daquele santo Nicolau poderia ser-me dado, como último a receber a oferenda. E a recebi. Foi interessante ser o último, como sempre me sinto, agora. Como que sendo fadado a pegar a última rabeira da oportunidade das bênçãos, sem que isso fale mal de mim. 
 

Subi então o caminho em direção ao meu lar, em meio a uma chuva forte que aparecia e desaparecia, bruscamente. Lembro-me de tudo quanto pensei na hora, que eu havia realmente recebido um novo sacramento, e na pureza que fazia parte de mim, quando lembrei também de como a Paula me respondeu à mensagem, por face, dizendo que sua mãe estava por lá.
A Paula. É estranho, hoje, como lido com ela. Ela parece ao mesmo tempo presente e ausente. Não falo com ela há quase duas semanas, digo pessoalmente, e quando penso nela não a penso mais em sua beleza, ou naquilo que eu posso porventura dar-lhe, mas como uma pessoa importante, cujo carinho eu prezo muito, mas ao mesmo tempo selvagem, que odeia ser pega assim de repente, como se fosse de alguém. A Paula. Uma moça linda, que me faz ruborizar sempre que a vejo, e que domino por vezes, porque sei como ela realmente é, e entendo o seu jeito de ser como quase ninguém mais.

 

Uma moça que passa por pequenas dificuldades, e com a qual eu quero algo mais, sem porém incomodá-la demais com meus quereres. Porque eu hoje estou especialmente focado em mim.
 

Subo em direção ao meu lar e passo na padaria, onde como um pedaço de pizza. O máximo de liberdade que me dou, sabendo que estou com o dinheiro contado, embora com mais do que realmente preciso. É quando noto como as pessoas me notam. Como a moça do banco, uma moça bonita, forte, gostosa mesmo, que me olhou levando-me a sério. Ou como outra moça na missa, que me olhou com um olhar estranhado mas respeitoso. Como as moças ontem na missa, e na oração do Pentecostes, quando as abracei, e em que elas pareciam de alguma forma interessadas em mim. Quando eu, o que busco, é uma integridade em minha pessoa, algo que me faça sentir quem eu sou, meus pontos fracos, e me faça superá-los, sem que com isso eu me enfraqueça, nem nada. Porque hoje estou nessa busca, uma busca constante que parece pegar o meu tempo sempre que eu leio ou medito ou mesmo percorro os caminhos tentando me superar, de qualquer forma.
 

Quando eu subo, começo a me dedicar ao trabalho para a editora e me pego com vários vídeos que me fazem ver de outra forma o objeto do meu estudo e do meu trabalho. Isso me confunde, por um lado, mas me enaltece, porque sinto que estou indo na direção certa. Sinto então que preciso mandar o contrato da start, mando, e resolvo uma questão com a Verônica, ela percebendo que eu sei mais do que ela, no sentido de manter a energia do projeto (isso é sobejamente importante). Recebo a mensagem de da Angela, e gosto muito do que ela escreve, porque tem tudo a ver com minha situação. Fico meio insatisfeito com a mensagem de outra amiga, que parece considerar que eu quero fazer teologia, quando na verdade eu quero viver melhor a minha fé, que só cresce. Porque eu sinto que ela me faz amainar os problemas, resolve-os ao mesmo tempo em que me exige, em que mostra a cruz que preciso carregar. Respondo à da Ângela, e percebo o quanto tudo isso tem batido realmente em mim. Eu gosto de me sentir assim. Quando, após ver mais trechos de outro vídeo que me confunde ainda mais com respeito ao meu trabalho, vejo outro vídeo do padre Fábio e percebo algo que me incomodava, que é o meu relacionamento anterior, sobre o qual eu penso que talvez não tenha amado, e talvez sem culpa, porque eu não estava pronto mesmo, ou porque simplesmente não me sentia sendo amado, como eu queria. Ocorre que eu me esforçava demais, tentando amar, e não conseguia, e hoje me culpo por não ter conseguido manter tudo de pé, quando na verdade talvez não fosse culpa minha. E eis que percebo também o que me impede de me dedicar ao outro da forma como deve ser, ao invés de de uma forma qualquer, e aprendo tanto que mal consigo escrever a respeito. Foi um dia lindo, hoje, e nem falei de como li oito capítulos de Mateus, e de como aprendi com isso, sem conseguir explicar como, pois foi muito, imensamente sutil. Pois li como eu queria ter lido, e ele, o Espírito Santo, tem me permitido, que bonito isso.

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