Domingo passado, fiz minha décima segunda leitura da Bíblia na missa das 15h, no Santuário Santa Terezinha. Tentei escrever algo a respeito, mas não consegui na hora nem nos dias seguintes. Senti que algo de somenos importância estava ali, e que portanto eu não poderia dar muito destaque a isso. Mas houve várias coisas, eventos, que me incomodaram, e alguns que me deram bastante satisfação.
Li normalmente. Me preparei e fiquei algumas vezes no sacrário. Não li especialmente nada, nem me concentrei no trecho do dia, mas reparei que ele tinha algo a ver com minha atual condição, o que me emocionou na hora de lê-lo pela primeira vez. Mas me controlei e me preparei para isso.
Fiquei já desde cedo na entrada da entrada, mas sem muita concentração. Algumas pessoas queridas, mais conhecidas, se aproximaram, e a Helena quis saber se eu havia decorado. Eu lhe disse o que havia feito. Fiquei controlado.
Mas aconteceram algumas coisas que me deixaram confuso. Primeira delas, antes de vestir a alva eu fiquei na igreja sozinho sem falar com ninguém, e ao me levantar uma moça, muito bonita, fez menção de que talvez quisesse me conhecer, falar comigo. Ela ficou sem jeito porque eu não fiz menção a conversar. Na verdade, ela me constrange, pela beleza e pelo jeito. Mas tentei não dar importância excessiva a isso. Achei que ela iria participar da acolhida, mas não foi o que aconteceu. Ao invés disso, ela se postou num canto, e era chamada para conversar por sujeitos que iriam participar da cerimônia, com cargos.
Era bastante constrangedor ver o que acontecia. Isso fez com que eu me afastasse, e também com que tentasse me concentrar na missa. Ao meu lado, outra moça apareceu, ficando sempre no mesmo lugar. Uma moça linda, loira, e ficou tranquila, cantando. Eu estava confuso, e fiquei indo de um lado para o outro. O meu colega perguntou quem poderia ler para a esposa, e eu lhe sugeri um rapaz chamado Kelvin, que falara na catequese.
Fiquei assim, sendo observado por ele quando entrava no sacrário, e vendo tudo se desenrolar. De repente, chegou uma moça muito bonita que ia ler o trecho, o primeiro. Muito educada, muito solta, falando tranquilamente, e com boa voz. Parecia muito boa no que fazia. Eu me sentia constrangido, então não cantava praticamente.
Entramos na cerimônia e lemos nossas partes. A moça leu muito bem, mas de alguma forma fora do tom de uma missa. Eu li muito bem, talvez uma das melhores vezes, e isso causou alguma impressão. Fiquei estranhado com a receptividade, e voltei para meu lugar. Consegui cantar melhor as músicas, e também me envolver com o restante da cerimônia.
Foi muito bonito. Fiquei concentrado em mim, também no momento de me ajoelhar, quase sempre anterior aos outros, e no momento do Santíssimo, que ficou perto e que pude observar com atenção. Foi bastante interessante e não me senti cansado. Ao longe, não via mais a moça do canto, mas a outra era possível de divisar.
Fomos até a sala em que rezamos a ave maria, e depois me soltei das vestimentas com bastante calma. Estava leve. Por outro lado, ao sair vi a moça primeiro sozinha, ainda abordada por um sujeito, e em seguida com um rapaz, e percebi que ele era o seu namorado. Foi interessante saber disso, porque a moça me parece correta, apesar das aparências, e porque, quando fiquei ao seu lado quando esperava para entrar senti uma energia legal entre nós. Eu me senti homem ao lado dela, um sujeito com postura, e até imaginei que ela precisa de alguém como eu. Seja como for, ela foi embora, e depois eu também me fui.