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30/07/17 - Imagens e revelações

Acordei cedo, como quase sempre, e muito agitado. Precisava de materiais a que me dedicar, e decidi então ir à lanchonete Rainha, sem saber os passos a seguir. Levei um livro sobre o Sam Peckinpah e outro do Marião (Mário Bortolotto), Os anos do furacão.

Percebo aos poucos o mundo se abrindo para minhas pretensões com a sétima arte. Percebo que tenho muito material a virar roteiro, mas que quero mais, quero filmar. Ou fazer a fotografia. Percebi isso ao sair, e levei meu celular, com o qual tirei fotos no caminho.

Notei aos poucos que atráem-me imagens com figuras geométricas, fornecidas pela realidade, em contraposição umas com as outras, com a luz e a sombra, e com a possibilidade de falar com esse recurso. Tirei umas 20 fotos, no geral, sendo que sempre meu foco foi esse. Lembrei que este domingo ocorreria ensaio da Paixão, e isso me animou, tão logo saí da lanchonete. Mas não encontrei ninguém.

Cheguei no começo da missa das 10h. Mas me senti incomodado com o jeito formal de tudo aquilo, ao menos naquele momento. Fiquei um pouco na lanchonete, falei com o Jorge - que me falou dos ensaios, ao qual falei meu interesse -, e assisti boa parte da missa no sacrário.

Curioso foi que, deixando-me abandonar pela fé naqueles instantes, percebi o quanto o sacrário é importante na hora da missa - é quando ocorre a transsubstanciação. Fiquei emocionado na hora, e pensei naquilo com importância desmedida, que me fez aproveitar a missa como nunca antes. Comunguei mas saí cedo, não quis ficar mais, e conversei com a Elza, que havia acabado de chegar.

Li e assinalei diversos trechos dos livros. Eu sinto que me afasto de uma dedicação tão apalermada, aos escritos, e que sinto seguir meu caminho, por uma via que antes fingi que tentei, mas que agora posso realmente experimentar. Peguei o ônibus e cheguei em casa, onde almocei.

Havia falado com mi mami. Ela me disse de ligação da Adriana, do CNA. Eu lhe contei dos contatos na agência. Assumi que estou progredindo e com isso fui começando o dia, que se deu depois em meio a descidas no prédio, para poder me concentrar - não conseguindo -, e por meio de posts em outras mídias. Aproveito o domingo como deve ser. E vislumbro artigos em outros lugares.

Houve inscrições na SP. Houve conversas com vizinhos dos prédios. Houve aviso ao ronda de plantão. Houve certo clima de desconcentração com a festa ocorrendo no salão. Mas houve pouco disso. Foquei-me bastante bem, e nem procurei mais sobre a imagem que permanece enquanto enigma. A Raquel respondeu, mas perdendo a oportunidade de falar algo mais atraente. Portanto, não respondi.

O dia está aos poucos chegando ao fim e eu começo apenas meu trabalho.

Meu instagram tem diversas fotos lá: é o rodrigoleoncontrera. Podem ir lá, se quiserem. Começo meus roteiros agora, sabedor de que precisarão ser bem mais complexos do que eu imaginava. O tempo me espera.

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